A Lua Agora

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Nós, bruxas e bruxos, acreditamos que tudo na vida é cíclico. O mito da Roda do Ano foi a forma encontrada para sacralizar os ritmos da Natureza na Wicca. Assim, dentro da Roda observamos as mudanças das estações, festivais da colheita e mudanças de fase da Lua, todos ciclos que se complementam e nos sugerem um aprofundamento interior. Apesar de ser um conceito wiccan, a ideia de Roda do Ano é utilizada em praticamente todas as vertentes da Bruxaria, pois observamos e vivenciamos os ciclos da natureza no geral.

As quatro estações do ano são o inverno, a primavera, o verão e o outono. Por estarmos no hemisfério sul, as estações são ao contrário do hemisfério norte. Porém, não é simplesmente inverter. O ideal é observar a natureza do local onde se vive. As estações têm características diferentes, mesmo sendo as mesmas. Assim, é comum vermos em livros as datas dos festivais de acordo com o outro hemisfério. Aqui, quando é verão, é inverno lá, e vice-versa. Dessa forma, é importante prestar atenção em determinados fatos.

Os festivais da colheita são festivais essencialmente célticos (pelo menos, esses que nós vemos na maioria dos livros sobre bruxaria e/ou wicca), apesar de existirem resquícios de práticas italianas relacionadas. Como os povos pagãos eram extremamente ligados à Terra e dependiam da colheita para sobreviver, tudo era celebrado com muita festa e reverência. É importante, para quem está começando agora, estudar com muita atenção as diversas simbologias contidas em tais datas. Os quatro festivais celtas da colheita são Samhaim, Imbolc, Beltane e Lughnasadh. Você verá diversos outros nomes para cada um destes festivais. É normal, pois varia de região para região e também de cada cultura. O nome que você atribuirá depende da vertente que você segue ou se identifica.

Esses festivais evoluíram a partir de várias tradições, são sazonais e refletem o ciclo progressivo tanto das sociedades agrárias quanto das sociedades caçadoras. Representam o ciclo anual da Deusa como Donzela, Mãe e Anciã, e o nascimento, casamento, maturação e morte do Deus.

A Lua apresenta quatro fases e as Bruxas estão sempre ligadas a tais mudanças. Como a Lua esteve sempre relacionada à menstruação, é natural que as mulheres desenvolvam uma conexão mais natural com o satélite. As quatro fases da Lua são: nova, crescente, cheia e minguante. A Lua está intimamente relacionada à Grande Mãe e às suas faces.

É importante notar como a Roda do Ano é, na verdade, uma espiral, pois apesar de tais ciclos sempre se repetirem de forma semelhante, nunca são exatamente iguais. Cada um vive os ciclos deuma maneira totalmente diferente da outra. As bruxas e bruxos vêem o ano como um ciclo que sempre muda e nunca chega ao fim.

As datas dos festivais estão relacionadas a seguir:

Samhaim: De 30/10 a 02/11 (comemora-se tradicionalmente em 31/11)
Yule ou solstício de inverno: Dia do solstício (geralmente em 21/06 no hemisfério sul)
Imbolc: 1º de fevereiro
Ostara ou equinócio de primavera: Dia do equinócio (geralmente em 22/09 no hemisfério sul)
Beltane: 1º de maio
Litha ou solstício de verão: Dia do solstício (geralmente em 21/12 no hemisfério sul)
Lammas ou Lughnasadh: 2 de fevereiro
Mabon ou equinócio de outono: Dia do equinócio (geralmente em 21/03 no hemisfério sul)

Observe como as datas dos solstícios e equinócios não são certas. Isso porque elas variam de ano para ano. Para saber exatamente, você pode consultar qualquer manual astrológico ou este site mesmo. Os equinócios são os dias de equilíbrio do ano, quando dia e noite têm a mesma duração. A partir do equinócio de outono, os dias passam a ser mais curtos, e a partir da primavera eles passam a ser mais longos. O dia do solstício de inverno traz a noite mais longa do ano, assim como o de verão traz o dia mais longo.

Os festivais celtas são comumente chamados de “sabás maiores” e, os equinócios e solstícios, de “sabás menores”. Isso porque todo o mito da Deusa e do Deus na roda do ano se resume aos sabás maiores, enquanto que os solstícios e equinócios abordam as transições do sol no decorrer do ano. Apesar de os oito sabás serem celebrados, alguns bruxos e bruxas celebram somente os maiores, se seguirem uma linha que celebre os festivais celtas, ou somente os solstícios e equinócios, além dos esbás, se não seguirem uma linha específica. Há aqueles que celebram os oito de forma “independente” – os sabás maiores em suas datas originais e os sabás menores com as datas invertidas (com relação ao hemisfério norte).

Via: Bruxaria.net

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